NEOCLASSICISMO
Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três
primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações
dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo), que expressou
os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção
da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império
de Napoleão.
Principais características:
• retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos;
• academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às
regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;
• arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de
Aristóteles.
ARQUITETURA
Tanto nas construções civis quanto nas religiosas, a
arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou o das
edificações do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura são a igreja
de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, e a Porta
do Brandemburgo, em Berlim.
PINTURA
A pintura desse período foi inspirada principalmente na
escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em
Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.
Características da pintura:
• Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante.
• Exatidão nos contornos
• Harmonia do colorido
Os maiores representantes da pintura neoclássica são, sem dúvida,
Jacques-Louis David
- foi considerado o pintor da Revolução
Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão.
Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do
imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas
delas exprimem fortes emoções. Obra destacada: Bonaparte atravessando os Alpes
e Morte de Marat .
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Jacques-Louis David - A Morte de Marat |
Jean-Auguste-Dominique Ingres
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Odalisca |
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Ingres Auto Retrato |
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A banhista de Valpiçon |
(1780-1867), o pintor foi uma espécie de cronista visual da
sociedade de seu tempo. Ingres acreditava qua a tarefa primordial da arte era
produzir quadros históricos. Ardoroso defensor da pureza das formas, ele
afirmava, por exemplo, que desenhar uma linha perfeita era muito mais
importante do que colorir. " A pincelada deve ser tão fina como a casca de
uma cebola", repetia a seus alunos. Sua obra abrange, além de composições
mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê
nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a
fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder
e na sua confiança na individualidade. Amante declarado da tradição. Ingres
passou a vida brigando contra a vanguarda artística francesa representada pelo
pintor romântico Eugène Delacroix, contudo foi Ingres, e não o retórico e
inflamado Delacroix, o mais revolucionário dos dois. A modernidade de Ingres
está justamente na visão distanciada que tinha de sue retratados, na recusa a
produzir qualquer julgamento moral a respeito deles, numa época em que se
consumava o processo de aliança entre a nobreza e a burguesia. O detalhismo
também é uma das suas marcas registradas. Seus retratos são invariavelmente
enriquecidos com mantos aveludados, rendas, flores e jóias.
Para seu conhecimento:
Forte influência da arquitetura neoclássica foi a descoberta
arqueológica das cidades italianas de Pompéia e Herculano que, no ano de 79
a.C., foram cobertas pelas lavas do vulcão Vesúvio. Diante daquelas
construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam
que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a
construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados
Unidos.
Disponível em: http://www.historiadaarte.com.br/linha/neoclassicismo.html