segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ARTE CRETENSE


TEXTO SOBRE ARTE CRETENSE

Damas de azul, 1500 a.C., afresco, Museu Arqueológico, Herakleion (Creta)


Com as descobertas arqueológicas de Creta, tornou-se claro que a cultura egéia teve origem nessa ilha, pois a arte desenvolvida em muitas regiões do mar Egeu e mesmo no continente era nitidamente influenciada pela arte cretense.

O estudo das ruínas do Palácio de Cnossos revelou que sua construção data do segundo milênio antes de Cristo (1700 a 1500 a.C.).

A planta arquitetônica desse palácio é bastante evoluída: em torno de um pátio central estão dispostas muitas salas, algumas delas agrupadas de forma que uma conduza à outra, segundo uma ordem bem planejada.

A construção tinha pelo menos dois andares, mas é possível que originalmente tivesse até três ou quatro, detalhe muito importante, pois os construtores da época precisaram resolver problemas como posicionamento de escadas, iluminação e colunas de sustentação. Tudo isso revela uma arquitetura avançada para a época.

É na pintura, porém, que se revela com mais clareza o espírito dinâmico do povo cretense. Ela mostra menos rigidez e imobilidade que a pintura egípcia. Supõe-se, entretanto, que não só a mobilidade tenha sido alvo de preocupação do artista cretense, mas também o efeito causado pela combinação das cores, pois ele utilizava cores viva e contrastantes: tons de vermelho, azul e branco, bem como de marrom, amarelo e verde.

Na ourivesaria, os artistas cretenses também revelaram grande domínio técnico, como pode ser constatado nos Copos de Vafió. Essas peças, muito delicadas, foram encontradas na cidade de Vafió, daí o seu nome. Nelas estão representados, em baixo-relevo, touros e elementos da natureza.

Já no que se refere à escultura, somente pequenas peças dessa civilização foram encontradas, como a série denominada Deusas com as serpentes. Essa escultura, uma de várias versões do mesmo tema, é feita de marfim, com ouro nos mamilos, nas serpentes que a deusa empunha e nos detalhes de sua saia.

O domínio de Creta e a influência de sua cultura e sua arte sobre várias ilhas do mar Egeu perduraram até cerca de 1400 a.C., quando foi invadida e dominada pelos aqueus, que vieram do norte e haviam fundado a cidade de Micenas.



                                                                 vase_octop1-MIkenaean

Inicialmente construído a partir de cerca de 1900 A.C., tendo sido destruído cerca de 1700 A.C.; e reconstruído cerca de 1600 A.C. – 1500 A.C., fase a que pertencem a maior parte das ruínas hoje visíveis, o “Palácio de Cnossos” é a principal atracção da ilha de Creta.
O palácio teria sido novamente destruído cerca de 1450 A.C., na sequência da erupção do vulcão de Santorini.

Parte dos grandes mitos gregos têm origem em Creta, tendo por herói central Minos, o Rei de Cnossos, filho de Zeus e Europa (princesa fenícia sequestrada por Zeus para a ilha de Creta).
Minos recebera de Poséidon (deus do mar), como presente, um admirável touro branco, que deveria sacrificar aos deuses, promessa que, contudo, não viria a cumprir.

Como punição, Poséidon inspirou em Pasiphae, a amada de Minos, uma paixão pelo touro branco, de cuja união nasceria o Minotauro, um homem com cabeça de touro, o qual viria a ser encerrado no complexo edifício construído pelo artesão Dédalo, o “Labirinto”.

Dos filhos de Minos, Androgeu seria morto em Atenas, após ter ganho os Jogos, o que serviria de pretexto a Minos para impor aos atenienses o envio de jovens, em tributo ao Minotauro. É então que Teseu, o herói ateniense (suposto filho de Poséidon), se oferece para essa missão de sacrifício.


REFERÊNCIAS

VÍDEOS






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