CUBISMO
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne,
pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem
cones, esferas e cilindros. Para Cézanne, a pintura não podia desvincular-se da
natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a transformava. Ele dizia:
“Mudo a água em vinho, o mundo em pintura”. E era verdade. Em suas telas, a
árvore da paisagem ou a fruta da natureza morte não eram a árvore e a fruta que
conhecemos – eram pintura. Preservavam-se as referências exteriores que as
identificavam como árvore ou fruta, adquiriam outra substância: eram seres do
mundo pictórico e não do mundo natural. Por isso, é correto dizer que Cézanne
pintava numa zona limite, na fronteira da natureza e da arte.
Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.
O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.
Principais características:
• geometrização das formas e volumes
• renúncia à perspectiva
• o claro-escuro perde sua função
• representação do volume colorido sobre superfícies planas
• sensação de pintura escultórica
• cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave
Braque e Picasso, seguindo a lição de Cézanne deram inicio à geometrização dos elementos da paisagem. Braque enviou alguns quadros para o Salão de Outono de 1908, onde Matisse, como membro do júri, os viu e comentou: “Ele despreza as formas, reduz tudo, sítios, figuras e casas, a esquemas geométricos, a cubos”. Essa frase, citada por Louis Vauxcelles, em artigo publicado, dias depois, no Gil Blas, daria o nome ao movimento.
O cubismo se divide em duas fases:
Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.
O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.
Principais características:
• geometrização das formas e volumes
• renúncia à perspectiva
• o claro-escuro perde sua função
• representação do volume colorido sobre superfícies planas
• sensação de pintura escultórica
• cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave
Braque e Picasso, seguindo a lição de Cézanne deram inicio à geometrização dos elementos da paisagem. Braque enviou alguns quadros para o Salão de Outono de 1908, onde Matisse, como membro do júri, os viu e comentou: “Ele despreza as formas, reduz tudo, sítios, figuras e casas, a esquemas geométricos, a cubos”. Essa frase, citada por Louis Vauxcelles, em artigo publicado, dias depois, no Gil Blas, daria o nome ao movimento.
O cubismo se divide em duas fases:
Cubismo Analítico
- (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em
todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos
os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total
da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da
fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou
impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se
reduz aos tons de castanho, cinza e bege.
Cubismo Sintético
- (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e
à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as
figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz
letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos
inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos
artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações
visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações
táteis.
Principais artistas:
Principais artistas:
Pablo Picasso
Algumas das frases de Pablo Picasso:
"A obra de um artista é uma espécie de diário. Quando o pintor, por ocasião de uma mostra, vê algumas de suas telas antigas novamente, é como se ele estivesse reencontrando filhos pródigos - só que vestidos com túnica de ouro”.
"A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade".
“Braque sempre disse que na pintura só conta a intenção. É verdade. O que conta é aquilo que se faz. É isso o importante. O que era afinal o mais importante no cubismo, era aquilo que se queria fazer, a intenção que se tinha. E isso não se pode pintar”.
“Nada pode ser criado sem a solidão. Criei em meu redor uma solidão que ninguém calcula. É muito difícil hoje em dia estar-se sozinho, pois existem relógios. Já alguma vez se viu um santo com relógio?”
“Não sou nenhum pessimista, não detesto a arte, pois não poderia viver sem lhe dedicar todo meu tempo. Amo-a como a minha única razão de ser. Tudo que faço relacionado com a arte dá-me a maior alegria. Mas por isso mesmo não vejo por que razão todo o mundo pretende interrogar a arte, exigindo-lhe certificados, deixando correr livremente sua estupidez em relação a este tema”.
Georges Braque
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