FUTURISMO
O primeiro manifesto foi publicado no Le Fígaro de Paris,
em 22/02/1909, e nele, o poeta italiano Marinetti, dizendo que "o
esplendor do mundo enriqueceu-se com uma nova beleza: a beleza da velocidade.
Um automóvel de carreira é mais belo que a Vitória de Samotrácia". O
segundo manifesto, de 1910, resultou do encontro do poeta com os pintores Carlo
Carra, Russolo, Severini, Boccioni e Giacomo Balla. Os futuristas saúdam a era
moderna, aderindo entusiasticamente à máquina. Para Balla, "é mais belo um
ferro elétrico que uma escultura". Para os futuristas, os objetos não se
esgotam no contorno aparente e seus aspectos se interpenetram continuamente a
um só tempo, ou vários tempos num só espaço. O grupo pretendia fortalecer a
sociedade italiana através de uma pregação patriótica que incluía a aceitação e
exaltação da tecnologia.
O futurismo é a concretização desta pesquisa no espaço bidimensional. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço.
Principais artistas:
O futurismo é a concretização desta pesquisa no espaço bidimensional. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço.
Principais artistas:
GIACOMO BALLA
Em sua obra o pintor italiano tentou endeusar os novos
avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente
desnaturalizadas, embora sem chegar a uma total abstração.Mesmo assim, mostrou
grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a
integração do espectro cromático. A formação acadêmica de Balla restringiu-se a
um curso noturno de desenho, de dois meses de duração, na Academia Albertina de
Turim, sua cidade natal. Em 1895 o pintor mudou-se para Roma, onde apresentou
regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da Sociedade dos
Amadores e Cultores das Belas-Artes. Cinco anos mais tarde, fez uma viagem a
Paris, onde entrou em contato com a obra dos impressionistas e
neo-impressionistas e participou de várias exposições. Na volta a Roma,
conheceu Marinetti, Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, juntava-se a eles
para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista. Preocupado, como seus
companheiros, em encontrar uma maneira de visualizar as teorias do movimento,
apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista intitulado Cão na Coleira ou
Cão Atrelado. Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas
e se voltou para a escultura e a cenografia. Embora em princípio Balla
continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a encontrar uma maneira
de se ajustar à nova linguagem do movimento a que pertencia. Um recurso dos
mais originais que ele usou para representar o dinamismo foi a simultaneidade,
ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita, que permitia ao
observador captar de uma só vez todas as sequências do movimento..
CARLO CARRA
(1881-1966), junto com Giorgio De Chirico, ele se
separaria finalmente do futurismo para se dedicar àquilo que eles próprios
dariam o nome de Pintura Metafísica. Enquanto ganhava seu sustento como
pintor-decorador freqüentava as aulas de pintura na Academia Brera, em Milão.
Em 1900 fez sua primeira viagem a Paris, contratado para a decoração da
Exposição Mundial. De lá mudou-se para Londres. Ao voltar, retomou as aulas na
Academia Brera e conheceu Boccioni e o poeta Marinetti. Um ano mais tarde
assinou o Primeiro Manifesto Futurista, redigido pelo poeta italiano e
publicado no jornal Le Figaro. Nessa época iniciou seus primeiros estudos e
esboços de Ritmo dos Objetos e Trens, por definição suas obras mais futuristas.
Numa segunda viagem a Paris entrou em contato com Apollinaire, Modigliani e
Picasso. A partir desse momento começaram a aparecer as referências cubistas em
suas obras. Carrà não deixou de comparecer às exposições futuristas de Paris, Londres
e Berlim, mas já em 1915 separou-se definitivamente do grupo. Juntou-se a
Giorgio De Chirico e realizou sua primeira pintura metafísica. Em suas últimas
obras retornou ao cubismo.Publicou vários trabalhos, entre eles La Pittura
Metafísica (1919) e La Mia Vita (1943), pintor italiano. Representante do
futurismo e mais tarde da pintura metafísica, influenciou a arte de seu país
nas décadas de 1920 e 1930.
UMBERTO BOCCIONI
(1882-1916)Sua obra se manteve sob a influência do cubismo, mas incorporando os conceitos de dinamismo e simultaneidade: formas e espaços que se movem ao mesmo tempo e em direções contrárias. Nascido em Reggio di Calábria, Boccioni mudou-se ainda muito jovem para Roma, onde estudou em diferentes academias. Logo fez amizade com os pintores Balla e Severini. No início, mostrou-se interessado na pintura impressionista, principalmente na obra de Cézanne. Fez então algumas viagens a Paris, São Petersburgo e Milão. Ao voltar, entrou em contato com Carrà e Marinetti e um ano depois se encontrava entre os autores do Manifesto Futurista de Pintura, do qual foi um dos principais teóricos. Foi com a intenção de procurar as bases dessa nova estética que ele viajou a Paris, onde se encontrou com Picasso e Braque. Ao retornar, publicou o Manifesto Técnico da Pintura Futurista, no qual foram registrados os princípios teóricos da arte futurista: condenação do passado, desprezo pela representação naturalista, indiferença em relação aos críticos de arte e rejeição dos conceitos de harmonia e bom gosto aplicados à pintura. Em 1912, participou da primeira exposição futurista. Suas obras ainda deixavam transparecer a preocupação do artista com os conceitos propostos pelo cubismo. Os retratos deformados pelas superposições de planos ainda não conseguiam expressar com clareza sua concepção teórica. Um ano mais tarde, com sua obra Dinamismo de um Jogador de Futebol, Boccioni conseguiu finalmente fazer a representação do movimento por meio de cores e planos desordenados, como num pseudofotograma. Durante a Primeira Guerra Mundial, o pintor se alistou como voluntário e ao voltar publicou o livro Pittura, Scultura Futurista, Dinâmico Plástico (Pintura, Escultura Futurista, Dinamismo Plástico). Morreu dois anos depois, em 1916, na cidade de Verona.
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