segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ARTE MESOPOTÂMICA


Entendemos por povos mesopotâmicos, as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os assírios e os babilônicos. 

As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, em geral muito grandiosos; como havia pouca pedra, as paredes tinham que ser grossas, pois eram feitas de tijolos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu. 

Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo. 

Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados.

Sociedade e Cultura

  

Detalhe de uma escultura de origem mesopotâmica.
Os povos mesopotâmicos ficaram conhecidos pelas inúmeras cidades-Estado independentes que ocupavam a região dos rios Tigre e Eufrates. Em cada uma delas havia a presença de uma autoridade real responsável pelas principais decisões de cunho político e religioso. Mesmo estando associados aos deuses, os reis mesopotâmicos não eram vistos como divindades. Habitando suntuosos palácios e tendo um amplo corpo de funcionários à sua disposição, a realeza compunha o topo da hierarquia social. 

Logo após o rei e seus familiares, a pirâmide social dos povos mesopotâmicos contava com uma classe intermediária integrada por nobres, guerreiros, funcionários públicos e sacerdotes que desempenhavam importantes funções próximas à manutenção do Estado. A grande maioria da população era pertencente a uma classe de camponeses e trabalhadores que prestavam serviço à comunidade. Dessa maneira, essas sociedades eram majoritariamente sustentadas por uma ampla classe de homens livres. 

Entretanto, em algumas sociedades de caráter iminentemente militarista, como no caso dos assírios, havia a presença de uma classe de escravos. Nas sociedades onde a questão da propriedade da terra não tinha um caráter rígido e centralizado, a presença de escravos era restrita, tendo em vista a disponibilidade de mão-de-obra oferecida pelo sistema de servidão coletiva. Em certos casos, os escravos eram utilizados para a realização de tarefas mais exaustivas e perigosas. 

No campo científico, as culturas mesopotâmicas tiveram destacado papel no desenvolvimento da escrita com a criação de um sistema de caracteres cuneiformes. Com o progresso das atividades comerciais, a álgebra teve grande desenvolvimento com a criação de operações matemáticas e sistemas de pesos e medidas. Paralelamente, o interesse pela Astronomia permitiu a distinção das estrelas e dos planetas, e o desenvolvimento de um calendário lunar com doze meses de duração. 

No terreno das artes e da arquitetura os mesopotâmicos ficaram conhecidos pela construção de suntuosos palácios e templos, mais conhecidos como zigurates. A escultura mesopotâmica era bastante simples, contando com imagens sem expressão e uma representação minimalista dos corpos. Na pintura, os temas cotidianos, religiosos e militares tinham grande destaque. Paralelamente, a cerâmica também tinha grande destaque na criação de utensílios e no registro de documentos escritos.


Religião e Cultura

Ishtar e a Epopéia de Gilgamesh, grandes expoentes da religiosidade e da literatura dos mesopotâmicos.
No campo da religiosidade, a Mesopotâmia poder ser vista como um “grande caldeirão” de crenças e divindades. Muitos desses deuses possuíam forma humana (masculina ou feminina) e geralmente tinham suas características vinculadas a elementos da natureza ou corpos celestes. Em diversas culturas poderíamos encontrar a presença de divindades comumente adoradas como Shamash (deus do Sol e da justiça), Anu (senhor dos céus), Sin (deusa da Lua) e Ishtar (deusa da guerra e do amor). 

O pensamento religioso dos povos mesopotâmicos tinha traço dualista, admitindo a existência de deuses inclinados para o bem e para o mal. Dessa maneira, a magia, a adivinhação e a astrologia eram utilizadas como meios de interação e conhecimento dos desígnios desse complexo conjunto de divindades. A prática religiosa era estabelecida nos ambientes públicos e privados, sendo os zigurates os principais centros de adoração da população. 

Diversas culturas mesopotâmicas acreditavam na vida após a morte e, por isso, desenvolviam uma série de rituais funerários. Geralmente os mortos eram enterrados com alguns de seus objetos pessoais e a tumba que abrigava o corpo poderia indicar a condição financeira do falecido. De acordo com algumas narrativas míticas, os mortos passavam o além-vida em um mundo subterrâneo onde se alimentavam de pó para o resto de seus dias. 

Influenciada pelos seus valores religiosos, a literatura mesopotâmica era repleta de mitos que explicavam a origem dos deuses e do mundo. A obra “O mito da criação” relata a origem do mundo graças aos feitos de Marduk, uma das principais divindades dos babilônios. Na “Epopéia de Gilgamesh” temos as desventuras do gigante que, em tempos remotos, teria controlado a cidade de Uruk. Segundo alguns estudiosos, algumas lendas contidas nesse livro são próximas às narrativas do Antigo Testamento.
Por Rainer Sousa

Os jardins suspensos da Babilônia

Os Jardins Suspensos foram construídos na Babilônias a mando do rei Nabucodonosor, no século VI a.C., tornando-se uma das principais obras arquitetônicas empreendidas pelo monarca durante seu reinado pela Mesopotâmia. A obra é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, apesar de não se ter registros de sua existência em pesquisas  arqueológicas.

Jardins Suspensos da Babilônia




  
Eram compostos por cerca de seis terraços construídos como andares, dando a idéia de serem elevadiços – ou suspensos, como o próprio nome sugere. Os andares tinham cerca de 120 m², apoiados por gigantes colunas que chegavam a medir até 100 metros.
Cada superfície era adornada com jardins botânicos que continham inúmeras árvores frutíferas, esculturas dos deuses cultuados pelos acádios e cascatas, situadas em uma planície retangular.

Alguns documentos antigos dizem que os jardins davam acesso ao palácio do rei Nabucodonosor, que havia mandado construí-lo para satisfazer as vontades de sua esposa preferida Amitis. Ela dizia que sentia saudades dos campos e florestas de sua terra natal, Média.

Sua localização próxima ao rio Eufrates possibilitou que amplos sistemas de irrigação fluvial atingissem a superfície, através de poços gigantes em formas de arcos que chegavam a medir 23 metros de altura. Como as pedras eram muito raras no território da Babilônia, grande parte da construção dos Jardins Suspensos eram sustentadas por tijolos, revestidos de betume e chumbo para mantê-los secos da água irrigada.
Para preservar a beleza dos Jardins Suspensos, escravos mantinham o sistema de roldanas e baldes para encher as cascatas e piscinas, distribuindo toda a irrigação para as superfícies do local.

Por mais que se imagine a estonteante beleza dos Jardins Suspensos, muito pouco se sabe de como ele era realmente mantida e qual foi sua finalidade ou o motivo de sua total destruição. Em nenhum dos documentos encontrados na Babilônia no período de Nabocondosor encontra-se registro da existência dessa gigantesca obra arquitetônica. O que se sabe está registrado em anotações de historiadores da Grécia Antiga, mas, mesmo assim, a maioria de suas informações são muito vagas.

REFERÊNCIAS


VÍDEOS




2 comentários:

  1. MATHEUS ALAN 7ªA MATUTINO

    (ARTE MESOPOTAMICA)

    1° quais são as civilização que se
    desenvolveram na áreas das terras fortes
    localizadas entres os rios tigres e Eufrates?
    2ª qual era o traço características dessa arquitetura?
    3ª para preservar a beleza dos jardins suspenções escravos mantinham o sistema de rolanas e balde para encher o quê?
    4ª a prática religiosa era estabelecida no quê
    5ª os povos mesopotâmicos ficaram conhecidos pelas?

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    1. Parabéns Matheus Alan! Atividade cumprida!
      Abraço,
      Professor Max

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