A primeira pessoa no mundo a tirar uma
verdadeira fotografia - se a definirmos como uma imagem inalterável, produzida
pela ação direta da luz - foi Joseph Nicéphore Niepce, em 1826. Ele conseguiu
reproduzir, após dez anos de experiências, a vista descortinada da janela do
sótão de sua casa, em Chalons-sur-Saône.
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1826. |
Por volta de 1822, Niepce já trabalhara com
um verniz de alfalto (betume da Judéia), aplicado sobre vidro, além de uma
mistura de óleos destinada a fixar a imagem. Com esses materiais, obteve a fotografia
das construções vistas da janela de sua sala de trabalho - após uma exposição
de oito horas. Contudo, aquele sistema heliográfico era inadequado para
a fotografia comum, e a descoberta decisiva seria feita por um cavalheiro muito
mais cosmopolita: Louis Daguerre.
Ela ocorreu em 1835, quando Daguerre
apanhou uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, e
que apesar de exposta não apresentara sequer vestígios de uma imagem, e
guardou-a, displicentemente, em um armário. Ao abri-lo, no dia seguinte, porém,
encontrou sobre ela uma imagem revelada. Criou-se uma lenda em torno da origem
do misterioso agente revelador - o vapor de mercúrio -, sendo atribuído a um
termômetro quebrado. Entretanto, é mais provável que Daguerre tenha despendido
algum tempo na busca daquele elemento vital, recorrendo a um sistema de
eliminação. Em 1837, ele fá havia padronizado esse processo, no qual usava
chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo e
revelava a imagem latente, expondo-a à ação do mercúrio aquecido. Para tornar a
imagem inalterável, bastava simplesmente submergi-la em uma solução de aquecida
de sal de cozinha.
Primeira máquina fotográfica |
Pode-se perceber que a fotografia não é
descoberta de um único homem. Muitas experiências de alquimistas, físicos e
químicos sobre a ação da luz, foram de extrema relevância no contexto da
fixação de imagens. As descobertas se entrelaçam no mundo de domínio da
fotoquímica.
A história da fotografia está, portanto,
diretamente ligada ao estudo da luz e dos fenômenos óticos.
Ainda na Grécia antiga, o filósofo
Aristóteles (384-322 a.C.) constata que raios de luz solar, durante um eclipse
parcial, atravessando um pequeno orifício, projetam na parede de um quarto
escuro, a imagem do exterior. Este método primitivo de produzir imagens recebe
o nome de câmara escura, usada pela primeira vez com utilidade prática pelos
árabes, no século XI, para observar os eclipses.
Nesta primitiva câmara, encontram-se os
princípios básicos da câmera fotográfica.
1100 - 1600
1100 - Abu-Ali al Hasan (965-1034),
astrônomo e óptico árabe, em obra que publica, descreve a idéia da formação de
imagens, através da utilização dos primitivos conceitos de câmara escura (muito
próximo do que seus sucessores, séculos a frente, chamariam de correto).
1267 - Roger Bacon (1214-1294), filósofo
inglês, utiliza o método da câmara escura para observar eclipses solares, sem
danificar os olhos. 1500 - Robert Boyle observa que o cloreto de prata fica
preto quando exposto à luz, mas interpreta que este fato acontece pela ação do
ar (ao invés da ação da luz).
1520 - Leonardo da Vinci (1452-1519),
italiano, deixa a descrição mais completa do período pré-industrial do processo
de aparecimento de uma imagem invertida em uma "câmara escura", em
seu livro de notas sobre os espelhos, que é publicado em 1797.
"A imagem de um objeto iluminado pelo
sol penetra num compartimento escuro através de um orifício. Se colocarmos um
papel branco do lado de dentro do compartimento, a uma certa distância do
orifício, veremos sobre o papel a imagem com suas próprias cores, porém
invertida, devido à interseção dos raios solares".
A câmara escura, na época, passou a ser
importante método auxiliar utilizada por pintores e projetistas. Uma folha de
papel ficava presa a parede onde a imagem era projetada ao contrário e o
artista a "fixava" desenhando seus contornos.
1526 - Fabrício, alquimista da idade média,
relata que o composto cloreto de prata enegrecia quando exposto à luz.
1545 - Reiner Gemma Frisius, físico e
matemático holandês, faz a primeira ilustração do processo da câmara escura.
1553 - Giambatista Baptista della Porta
(1541-1615), físico italiano, mesmo indo contra os interesses da igreja,
aperfeiçoou o desenho da câmara escura, em seu livro Magia Naturalis sive de
Miraculis Rerum Naturalim.
1558 - Geronomo (Girolano) Cardano, físico
italiano, soluciona o problema de nitidez da imagem ao sugerir o uso de lentes
biconvexas junto ao orifício da câmara escura.
1558 - Danielo Barbaro, também, menciona em
seu livro "A pratica da Perspectiva", que variando o diâmetro do
orifício, é possível melhorar a imagem.
1580 - Friedrich Risner descreve uma câmara
portátil, mas a publicação só é feita após sua morte na obra Optics de 1606.
1600 - 1800
1604 - Ângelo Sala, cientista italiano,
observa que um composto químico a base de prata escurecia quando exposto ao
Sol.
1620 - Johann Kepler, durante sua viagem
pela Alta Áustria, utiliza uma tenda para desenhos topográficos, utilizando uma
lente e um espelho, para obter uma imagem sobre um tabuleiro de desenho no
interior da câmara.
1676 - Johann Chirstph, professor de
matemática da Universidade alemã de Altdorf, em sua obra Collegium
Experimentale sive curiosum, descreve e ilustra uma câmara escura que utiliza
interiormente um espelho a 45° que reflete a luz, vinda da lente, para um
pergaminho azeitado, colocado horizontalmente. Desta forma, cria o primeiro
aparelho portátil de câmara escura. O grande quarto, com espaço para um homem
trabalhar tranforma-se em uma pequena caixa. Quase duzentos anos depois de
Fabrício, o alquimista, ainda se acreditava que a prata ficava preta por estar
velha.
1727 - Johann Heirich Schulze, professor de
anatomia de Altdorf, descobre e comprova que o fenômeno do engrecimento da
prata se deve a incidência da luz.
1777 - Karl Wilhem Scheele, químico sueco,
estudou a reação do Cloreto de Prata as diversas radiações do espectro e sugere
o uso de amoníaco como fixador.
1780 - Charles, físico francês, com base
nas experiências anteriores, projetava objetos sobre uma folha de papel
impregnada de cloreto de prata (algo muito semelhante a uma técnica básica
utilizada até hoje em trabalhos artísticos - FOTOGRAMA).
1790 - Thomas Wedgood, obtém grande sucesso
na captação de imagens, sobre um pedaço de couro branco, mas os traços não
sobrevivem. Nesta época, ele não conhece uma técnica eficiente para fixar a
imagem.
1800 - 1900
1826 - Joseph Nicéphore Niépce, no início
do século XIX, trabalha com litografia. Pesquisa por dez anos substâncias que
captem uma imagem em uma placa metálica (cobre polido).
O negro betume branqueava quando exposto à
ação da luz solar - por aproximadamente 8 horas. A parte do betume agora branco
não era mais solúvel em essência de Alfazema. Sabendo disto, cobria a placa com
betume da Judéia, expunha-na à luz de uma projeção da câmara escura e submetia
esta placa a um banho de essência de alfazema. Na seqüêcia, espalhava ácido
sobre a placa, o qual corroí os lugares desprotegidos. Finalmente, removia o
restante do betume e tinha uma imagem gravada em baixo relevo na placa
metálica. Niépce havia criado o que hoje se chama de Heliografia.
Com uma câmera escura construída pelo ótico
francês Chevalier e uma dessas placas, Niépce, conseguiu a imagem dos telhados,
vistos pela janela do sótão de sua casa de campo, na França. Através dos irmãos
Chevalier, famosos óticos em Paris, Niépce conhece outro entusiasta da procura
por obter imagens através de um processo químico, Louis Jacques Mandé Daguerre
(1787-1851), pintor francês, inventor do diograma, um tetro de efeitos a base
de luz de velas. Espetáculo de enormes painéis translúcidos e coloridos, com
fusão e tridimensionalidade. Parecido com o milenar teatro de sombras chinês.
Em 1829, após contatos por correspondência,
firmam uma sociedade com propósito de aperfeiçoar a heliografia. A sociedade
não prospera e após a morte de Niépce, em 1833, Daguerre continua o trabalho,
substituindo o betume da Judéia por prata halógena.
Em 1853, Daguerre descobre que uma imagem
quase invisível, latente, pode ser revelada com vapor de mercúrio, reduzindo
assim de horas para minutos o tempo de exposição - diz a lenda que Daguerre
guardou uma placa sub exposta dentro de um armário, onde havia guardado um
termômetro de mercúrio quebrado. Ao amanhecer, Daguerre constatou que havia uma
imagem visível e de intensidade satisfatória na placa. Nas áreas atingidas pela
luz havia o amálgama criado pelo mercúrio, formando as áreas claras da imagem.
1839 - , sete de janeiro - Louis Jacques
Mandé Daguerre (1787-1851), divulga o processo de Daguerreotipia e, em 19 de
agosto , a Academia de Ciências de Paris, divulga ao público. Surge a primeira
forma popular de fotografia. O tempo de exposição é em torno de 4 mil segundos.
Daguerre vende sua idéia ao governo Francês
por uma pensão vitalícia de 6 mil francos. Dias antes, Daguerre, requer a
patente de seu invento na Inglaterra. O invento toma conta dos centros urbanos,
vários pintores acusam a fotografia de matar a pintura. Mas foi através dessa
adaptação cultural, que nasce o impressionismo e o dadaísmo ( a arte pela
arte).
1840 - Sir Charles Wheatstone, inglês, cria
uma engenhoca denominada visor estereoscópio, para visualizar fotografias em
3D. Neste mesmo ano, Daguerre aprimora seu invento e lança o Daguerrótipo
brometizado, reduzindo o tempo de exposição para aproximadamente 80 segundos.
Willian Henry Fox Talbot, na Inglaterra, lança um processo denominado Calótipo.
Um processo semelhante aos anteriores mas, quando exposta a luz, produz um
negativo e através da técnica de contato obtém-se o positivo. Com base em uma
folha de papel impregnada de nitrato e cloreto de prata (algumas vezes é usado
o iodeto de potássio), depois de seca, é feito o contato com objetos e obtém um
silhueta escura. Fixada, posteriormente, com amoníaco ou solução concentrada de
sal. É tido como o primeiro processo prático para a produção de um número
indeterminado de cópias a partir do negativo original.
1844 - O primeiro livro ilustrado com
fotografias, The Pencil of Nature, é publicado por Talbot e editado em seis
volumes, com vinte e quatro talbotipos contendo a explicação de seu trabalho e
estabelecendo padrões de qualidade. O problema da técnica é que o suporte do
negativo é papel e na passagem para o positivo perdiam-se detalhes.
1847 - Abel Niépce, primo de Nicéphore
Niépce, desenvolve o processo da albumina que utilza uma placa de vidro coberta
com clara de ovo, sensibilizada com iodeto de potássio e nitrato de prata.
Revelada com ácido gálico e fixada a base de tiosulfato de sódio. A albumina, é
mais preciosa em detalhes e o tempo de exposição é de 15 minutos.
1850 - Nesta época, era moda, sinônimo de
status, ter uma imagem gravada em portraits ou em miniaturas, como colares,
anéis, relógios, etc.
1851 - Morre Daguerre. Frederick Scott
Archer, escultor inglês, inventa o processo de colódio úmido (uma mistura de
algodão, pólvora, álcool e éter - usado como veículo para unir sais de prata as
placas de vidro) menos dispendioso que os anteriores e o resultado era de ótima
qualidade. A placa é exposta ainda úmida na câmera escura e o tempo de
exposição é de 30 segundos. Este processo é dez vezes mais sensível que a
albumina.
Neste período, com a simplificação do
processo fotográfico, algumas pessoas começam a questionar a única função da
fotografia: retratista. A partir desta fase, aparecem os trabalhos mais
criativos.
1855 - Roger Fenton (1819-1869) faz as
primeiras fotos de guerra, quando cobriu a guerra da Criméia para um jornal
inglês.
1855 - Aparecem algumas fotografias
pintadas a mão, o que dá um toque de realismo e tenta comparar a fotografia às
pinturas.
1858 - Gaspard Félix Tournachon (1820-1910)
ele mesmo se chamava de NADAR, foi um dos primeiros fotógrafos a usar a câmera
criativamente, ou seja, como algo diferente da função retratista. Acentuava as
poses e os gestos das pessoas que fotografava querendo mostrar o caráter da
pessoa. Em paris, tirou as primeiras fotografias aéreas, abordo de um balão, em
1858 e foi responsável, também, pelas primeiras fotografias subterrâneas, nas
catacumbas de Paris, utilizando pela primeira vez a luz elétrica e manequins
substituindo as pessoas, devido a excessivo tempo de exposição.
1861 - É feita a primeira fotografia colorida pleo físico James Clerk Maxwell.
Imagem da primeira fotografia colorida da história, tirada por James Clerk Maxwell em 1861 |
1865 - Julia M. Cameron (1815-1879) a mais
notável ratratista inglesa do século passado. Utilizava de maneira muito
criativa a luz. Fotografou pessoas famosas, como: Charles Darwin, Sir John Herschel
cientista amigo de Talbot, responsável pelos termos positivo e negativo; na
Europa é também conhecido como o criador do termo "fotografia".
1871 - Richard Leach Maddox, médico inglês,
fixa o brometo de prata em uma suspensão gelatinosa, criando assim o processo
de chapas secas. O processo que substitui o colódio úmido é publicado no
British Journal of Photograph, em setembro. De início o processo tem a
desvantagem de ser mais lento, mas logo é aperfeiçoado e cria-se a placa seca
de gelatina e com produção industrial. A partir de então foi possível
fotografar o movimento (tempo de exposição: 1/2 segundo) e o design das câmeras
é aprimorado, ou seja, ficam menores, mais leves e mais próximas ainda das
pessoas.
1873 - Surgem os banhos coloridos com uso
de corantes (tipo banho sépia ou azul) e aumenta-se a sensibilidade às cores,
banhando-se a emulsão fotossensível em anilina, criando o filme ortocromático.
1884 - George Eastman, lança o filme em
rolo com vinte e quatro chapas, com base de papel e gelatina. Em 1886, a
Eastman Dry Plate Company, passa chamar-se Kodak. Em 1888, a grande novidade: a
câmera Kidak, com sistema de "bate-pronto", com o slogan: Você aperta
o botão e nós fazemos o resto. O cliente compra a câmera, por 25 dólares, com 100
chapas, mais tarde devolve à fábrica que então revela as fotografias e retorna
o filme revelado, a câmera e mais um rolo de 100 chapas.
1889 - Henry M. Reichenbach químico da
Kodak, produz o negativo a base de selulóide e gelatina. Graças à febre da
função retratista, muitos retratos de pessoas célebres são legados ao futuro,
como foi o caso de Baudelaire e da menina Alice Liddell, que inspirou o
reverendo Lewis Carrol a escrever "Alice no país das maravilhas".
Nesta época, o tempo de exposição já alcançava a fração de 1/10 segundos.
1900 - 1965
1900 - Willian Henry Jackson (1843-1942),
norte-americano, no fim do século XIX e início do século XX, faz algo mais do
que gravar um acontecimento, usa suas fotos para persuadir e convencer. Fotos
do oeste americano, da área de YELLOWSTONE ajudam a persuadir o Congresso a
estabelecer o Parque Nacional de Yellowstone. Nesta época, o tempo de exposição
é de 1/50 segundos.
1904 - LONDON DAILY MIRROR é o primeiro
jornal a ser ilustrado exclusivamente com fotos.
1906 - É comercializado o filme
pancromático, sensível à luz laranja.
1906 - Os irmãos August e Louis Lumière,
apresentam os primeiros filmes para revelação a cores (autochrome), que já não
precisavam de uma tripla exposição (não era necessário se bater 3 diferentes
chapas da mesma fotografia) através de uma câmera especial.
1920 - Paul Martin, inglês, esconde uma
câmera (graças aos avanços tecnológicos dos filmes e das Cãmeras) em uma
maleta, e pela primeira vez tira fotos de pessoas sem que percebam. O resultado
é uma naturalidade desconhecida, pois antes as pessoas eram formais.
1925 - Usam-se partículas de magnésio para
a iluminação artificial. O resultado deste primitivo Flash é um raio de luz
brilhante e uma fumaça ácida.
Surge também a famosa Leica, máquina
excelente e precursora de todas as câmaras de 35mm.
1928 - Stefan Lorant, através do jornal
alemão Berliner Ilustrierte Zeitung, cria o fotojornalismo moderno, sem poses
formais.
Surge também a famosa Rolleiflex TLR
(reflex de objetivas gêmeas), projetada por Franke e Heidecke.
1930 - Stefan Lorant, quando redator chefe
do Münchener Ilustrierte Presse, cria o "enunciado",
"tratado" de que a câmera deve ser usada como um caderno de notas de
um repórter, registrando os acontecimentos onde eles ocorram, sem detê-los para
arrumar a foto, sem fazer as conhecidas "poses".
1930 - Dois norte-americanos, fazem
fotografias para expor problemas sociais:
a) Jacob Riis (1849-1914), jornalista, usa
fotos para ilustrar histórias sobre as favelas da cidade de Nova Iorque;
b) Lewis Hine (1874-1940), sociólogo,
fotografa a chegada de imigrantes, o trabalho infantil em fabricas mal
iluminadas e em minas de carvão. Este trabalho levou à aprovação de leis
proibindo o trabalho de menores. Veicular notícias por meio de fotografias,
usualmente com a ajuda de uma explicação escrita ou oral, constitui, a partir
desta época, um dos mais importantes meios de comunicação ao alcance do homem.
Os assuntos que predomina nas manchetes dos periódicos são os assassinatos e os
escândalos.
1930 - Henry Cartier-Bresson (1908 - ) foi
fotógrafo que obteve maior sucesso. Cartier utiliza uma câmera em miniatura
para captar "momentos decisivos" na vida das pessoas. Seu sucesso no
registro de acontecimentos e emoções fugazes influenciou enormemente não só o
fotojornalismo, como também introduziu um novo conceito na fotografia
artística. A partir de 1930, na Europa e nos Estados Unidos, os críticos
especializados consideram três as tendências em fotografia:
Povo (Henry Cartier-Bresson) |
1) utilização de grandes câmeras e amplos
negativos, com obtenção de cópias ricas em gradações tonais, interpretando de
modo mais vivido a realidade;
2) exploração de novos aperfeiçoamentos
tecnológicos para fixar o instante mais fugaz e os aspectos mais inusitados e
insuspeitados da realidade;
3) invenção de formas abstratas com a
existência estática própria.
"Para mim a fotografia consiste num
reconhecimento imediato no curso de uma fração de segundo, tanto o sentido do
acontecimento quanto da exata organização dos volumes que comporão,
expressivamente, o significado da cena. Creio que seja no movimento da vida que
a descoberta de si mesmo se efetua, ao passo que se dá a abertura para este
mundo envolvente que pode nos modelar, mas que pode igualmente ser influenciado
por nossa personalidade. Trata-se de estabelecer o equilíbrio entre estes dois
mundos. É nessa constante interação que esses mundos acabam por se fundir num
mundo novo. É nesse mundo que devemos comunicar" Henry Cartier-Bresson
1930 - Aparecem os primeiros flashes
fotográficos. Nesta época, as câmeras alcançavam a velocidade de 1/100 seg.
1935 - A Kodak lança o primeiro cromo
colorido - Kodachrome.
1936 - A Agfa lança o Agfacolor - um
distinto sistema de cores para um cromo colorido.
1941 - A Kodak lança o primeiro negativo
colorido - Kodacolor.
1939 a 1945 - A Segunda Guerra Mundial,
muitos são os avanços na área da fotografia, desde o desenho de novas lentes
até o intercâmbio de lentes.
1947 - Surge a câmera de fotos instantânea,
A Polaroid, baseada em um processo desenvolvido pelo físico americano Edwin H.
Land.
1949 - Surge o Polaroid em preto e branco.
1963 - Surgem o Polaroid em cores e a
"Instamatic" de cartucho 126.
Desde o início deste século, a história
passou a caracterizar-se mais pelo refinamento e aperfeiçoamento do que por
inovações e invenções Prova disso é que, apesar do advento de modernas
tecnologias que levam máquinas a velocidades extraordinárias de disparo, há
máquinas que jamais se tornam obsoletas, fixando imagens com rara precisão.
Foto de Sebastião Salgado. |
Foto de Pierre Verger. |
Foto de Bruce Weber. |
2000 - As máquinas digitais também começam
a ocupar espaço, em especial no fotojornalismo, onde a rapidez de circulação e
edição de imagens justificam a pequena perda na qualidade de impressão.
Contudo, nada, absolutamente nada substitui o olhar artístico e atento do
fotógrafo.
Foto de Steven Meisel. |
2005 - as máquinas digitais ganham força em
todo o mundo, resoluções e pixels avançados fazem da foto digital o diferencial
para fotoreportagens . As máquina digitais amadoras viraram "febre"
entre os adolescentes e os apaixonados por fotografia.Em todo lugar que se
aglomeram pessoas, registra-se a presença de inúmeras câmeras digitais de
diversas resoluções, megas e modelos... registrando tudo o que acontece ao
redor,produzindo fotos descontraídas e irreverentes muitas com o intuito apenas
de serem descarregadas em um micro para a divulgação na internet e
divertimento.
Foto de Annie Leibovitz. |
O digital também chega a fotografia social , inúmeros eventos são hoje
fotografados com câmeras digitais com alta tecnologia, produzindo belíssimos
álbuns e books de festas de 15 anos, casamentos e outros, com muito
realismo, retratando realmente os fatos acontecidos no evento.